No próximo Domingo, dia 26 de Agosto, o Jockey Club de São Paulo homenageará o Haras São José e Expedictus, cuja importância é inegável para a história do Turfe Nacional.
Apenas o fato de ter sido fundado pelo próprio Linneo de Paula Machado já serviria para garantir seu destaque. Seu valor, porém, transcendeu barreiras, com a criação de animais históricos, que conquistaram o Brasil e o exterior.
História de gerações
A paixão de Linneo de Paula Machado pelo Turfe nasceu durante sua temporada de estudos em Paris, onde ficou entre 1894 e 1903. Na Cidade Luz não perdia uma corrida, sempre atento aos detalhes presentes naquele esporte tão encantador.
Ao voltar ao Brasil, pediu ao seu pai, o Dr. Francisco Vilella de Paula Machado, já então proprietário da Fazenda São José, para fundar um haras, dando início, em 1906, ao Haras São José, em Rio Claro. E o ponto de partida para o haras não poderia ser em melhor estilo, Linneo partiu para a Europa, onde adquiriu 11 éguas e os garanhões Flaneur II e Zimpanet, mostrando, desde o primeiro produto, que tinha a preocupação de procurar parentescos estritamente clássicos nas linhas maternas.
Enquanto se dedicava ao aperfeiçoamento de suas criações, Linneo ainda se dispunha a colaborar politicamente para o crescimento do Turfe no Brasil. Ele participou estreitamente do fortalecimento do Jockey Club Brasileiro, no Rio, e do desenvolvimento do Jockey Club de São Paulo. Sua participação tanto na construção dos hipódromos, quanto na viabilização das leis que pautaram o Turfe, foi fundamental para a consolidação do esporte no Brasil.
Os primeiros anos Dentro das raias a excelência do Haras São José foi comprovada com várias conquistas, dentre as quais podemos destacar Bien Aimée, vencedora do "Clássico Criadores", do GP Ipiranga, GP Progresso - Derby Club, GP Initium - Derby Club, GP Expositores. Em seguida, começaram a conquistar outros prêmios de expressão para um criador: You You ganha o GP Diana em 1914; Guatambu (vendido por Linneo) ganha o Derby em 1916; Hurra! ganha o Derby em 1917; J'Accuse ganha o Derby em 1918. De pai para filho Francisco Eduardo de Paula Machado deu continuidade à obra de seu pai e foi presidente do Jockey Club Brasileiro de 1960 a 1984. Acompanhado por seus irmãos, primeiramente Cândido e depois Linneo Eduardo, ele foi por longo tempo o comandante dos haras. E as vitórias continuaram com Jabuti, Maki, Ninho e Okinawa, para destacar apenas alguns. Itajara e seu legado O grande craque criado no Haras São José & Expedictus foi o histórico Itajara, um dos melhores cavalos criados no Brasil, tríplice coroado e ganhador invicto de sete carreiras. O grande Itajara comprovou a superioridade de sua raça também na reprodução, dando ao Brasil não só os destaques internacionais de Romarin (1989) e Siphon (1990) como também vários outros ganhadores clássicos e um importante elenco de reprodutoras. Romarin inaugurou a presença do Brasil na primeira colocação das provas de grupo da América do Norte. Em seguida, foi Siphon que conquistou sucessivas provas de grupo, como o Hollywood Gold Cup e o prêmio mais tradicional da costa oeste norte-americana, o Santa Anita Handicap. O Haras São José e Expedictus em São Paulo A história do Haras São José e Expedictus em São Paulo é extremamente rica em animais vencedores por excelência. A tradicional jaqueta ouro e azul se consagrou, também, nas pistas do Hipódromo de Cidade Jardim, como pode ser observado abaixo:
Foram 6 vencedores de Grande Prêmio São Paulo: Santarém (29); Formasterus (36); Albatroz (44); Tibetano (79); Canzone (2001) e Cheikh (2004).
12 vencedores de Grande Prêmio Derby Paulista: J'Accuse (18), Xyleno (31); Young (33); Veneziano (34); Funny Boy (36); Almicar (39); Big Shot (40); Carin (41); El Faro (43); Heliaco (46); Jabuti (48) e Ninho (51).
Fotos e textos: Divulgação do Jockey Club de São Paulo
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Homenagem ao Haras São José e Expedictus
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